quarta-feira, 18 de julho de 2012

Walter Salles - On The Road

Imagem: Google Imagens/Reprodução
On The Road
Direção: Walter Salles
Roteiro: Jose Rivera
Ano: 2012/França-Reino Unido-EUA-Brasil
Gênero: Aventura/Drama
Elenco: Garret Hedlund, Kristen Stewart, Sam Riley, Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Amy Adams, Steve Buscemi, Elizabeth Moss, Terrence Howard, Alice Braga, Tom Sturridge

Sinopse: Nova York, Estados Unidos. Sal Paradise é um aspirante a escritor que acaba de perder o pai. Ao conhecer Dean Moriarty ele é apresentado a um mundo até então desconhecido, onde há bastante liberdade no sexo e no uso de drogas. Logo Sal e Dean se tornam grandes amigos, dividindo a parceria com  a jovem Marylou, que é apaixonada por Dean. Os três viajam pelas estradas do interior do país, sempre dispostos a fugir de uma vida monótona e cheia de regras.

Foto: Maiara Alves
Opinião: Há dois anos, desde que vi o loiro avermelhado de Kristen Stewart na divulgação de Eclipse e soube que ela havia tingido por causa de Marylou, venho esperando ansiosamente por este filme. Comprei o livro em Fevereiro do ano passado e só comecei a lê-lo no início da semana passada quando ainda não sabia que a estréia aqui no Brasil seria na sexta da mesma semana, dia 13. O engraçado é que eu marquei quase as mesmas quotes que os roteiristas inseriram no filme, mas não gostei. Não, na verdade não atendeu as minhas expectativas.

A primeira vez que vi Orgulho e Preconceito (Joe Wright, 2005) detestei, hoje é um dos filmes que mais vi na vida. Geralmente costumo detestar coisas (e pessoas) "à primeira vista", mas com o tempo conhecendo-as e vendo-as passo a gostar e me apaixono pelo resto da vida e talvez seja esse o caso de On The Road de Walter Salles. O filme é incrível, talvez um pouco confuso pra quem não leu o livro (só li até a página 100 e alguma coisa), mas ainda ressalto que é incrível pelos atores do caramba, pelo diretor do caramba, pela trilha do caramba, por uma fotografia do caramba e por ser baseado num livro do caramba haha.
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Se o livro fosse publicado hoje não causaria o mesmo efeito que em 1957: a excessiva "liberdade" para a época hoje são tão comuns que um comportamento mais austero é até mais apreciado. Kerouac e seus amigos influenciaram uma geração e, de certa forma, efetivamente revolucionaram (ou protagonizaram o que estava fadado a acontecer já que, provavelmente, eles não eram os únicos a vivenciarem essas experiências) o estilo de vida de muitos jovens estadunidenses e é nisso que considero o livro "do caramba". Uma obra literária, ou qualquer outra produção cultural, pra ser prestigiada por mim pelo menos tem que tocar o leitor. Walter Salles, segundo o que li na internet, trabalhou oito anos neste filme, Kristen Stewart disse que o filme e o livro mudaram sua vida, na sala de exibição em que o vi haviam vááários velhinhos que provavelmente foram jovens no fim da década de 50 e 60.

O filme é incrível porque, mesmo não tendo me apaixonado à primeira vista, dava pra sentir a reverência com a qual os profissionais envolvidos o fizeram. Gostei muito da trilha sonora e da fotografia, não muito de alguns atores, mas me apaixonei pelas vozes de Sam Riley e Garret Hedlund. Tom Sturridge um fofo, mais fofo ainda com Garret, adorei mesmo. Não aprecio o comportamento deles, mas acho importante enaltecermos a coragem e ousadia desses jovens por darem vazão aos seus instintos quebrando padrões de comportamento e, como já disse, deve ser enaltecido também o impacto que a obra causou. Indico a crítica da Natália Bridi sobre o filme, confesso que me emocionei ao ver sua devoção à obra e ela é um bom exemplo do que penso a respeito da arte (literária, cinematográfica, musical, etc.).

Trailer


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