segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tim Burton - Dark Shadows

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Dark Shadows
Direção: Tim Burton
Roteiro: John August, Seth Grahame-Smith
Ano: 2012/EUA
Gênero: Comédia/Fantasia
Elenco: Johnny Depp, Eva Green, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter, Bella Heathcote, Chloë Grace Moretz, Gulliver McGrath, Jackie Earle Haley, Johnny Lee Miller, Christopher Lee, Alice Cooper

Sinopse: 1752. Joshua e Naomi Collins deixam a cidade inglesa de Liverpoll juntamente com o filho, Barnabás, rumo aos Estados Unidos. A intenção deles era escapar de uma terrível maldição que atingiu a família. Vinte anos depois, Barnabás é um playboy inveterado que tem a cidade de Collinsport aos seus pés. Após seduzir e partir o coração de Angelique Bouchard, sem saber que era uma bruxa, ele é transformado em vampiro e preso numa tumba por dois séculos. Quando enfim desperta, dois séculos depois, encontra sua propriedade em ruínas e os poucos familiares ainda vivos escondem segredos uns dos outros. Em meio a um mundo desconhecido, Barnabás se interessa por Victoria Winters, a tutora do jovem David.

Foto: Maiara Alves
Opinião: Burton, Depp e Carter juntos de novo em um filme que, embora a autoria do diretor seja perceptível, o roteiro também se faz notar, na mesma proporção, que não é do mesmo, mas desta vez do autor de Orgulho e Preconceito e Zumbis, Grahame-Smith. Personagens com histórias interessantíssimas (mas muito mal contadas), um cenário deslumbrante, a excêntricidade que Johnny Depp consegue dar ao protagonista e a trilha sonora são os pontos que devíamos passar um lumicolor. Lumicolor também na parte do contrato em que diz que Tim Burton deverá escrever os filmes que dirige, definitivamente.

Meu cineasta preferido na adolescência, ou até quatro anos atrás, era Burton - perdi a conta de quantas vezes vi Noiva Cadáver, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Vincent, Sweeney Todd e até mesmo O Estranho Mundo de Jack e Edward Mãos-de-Tesoura na infância. Em algum momento a gente cresce um pouquinho e fica de saco cheio de cores frias, rostos cadavéricos e de todo o mundo fantástico fantasioso de Burton, porém da excêntricidade de suas personagens e de suas histórias em si não enjôo. Johnny Depp é um dos poucos atores que, propositadamente, conseguem me fazer rir de verdade, mas isso só acontece nos filmes de Burton e tenho a impressão que as outras personagens que ele interpreta são espelhos das criações do cineasta. A estrela desta vez é Barnabas Collins, o herdeiro de uma família de comerciantes que, por não corresponder ao amor de uma bruxa, é transformado em vampiro e trancafiado num caixão por quase dois séculos. Ao acordar na década de 70 do século XX estranha a cidade e seus moradores, o que o torna - para nossa alegria - insuportavelmente engraçado e, da melhor forma possível, estranho: estranho só do jeito que Burton e Depp conseguem construir uma personagem, personagens estranhos adoráveis ♥ haha. Além de Burton não ter escrito o roteiro, este filme tem outra coisa incomum dos outros: Johnny Depp com Eva Green.

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
 A última combinação de protagonistas que pensaria para qualquer filme, quem dirá de Burton - embora a Isabelle, de The Dreamers, pareça ser um bom par para o Depp fora das telas. Green tem simplesmente 31 anos /invejamodeon e protagonizou a cena de sexo mais engraçada que já vi no cinema: de um vampiro e uma bruxa que destruiu o cenário de uma forma que com certeza deixaram os produtores de Breaking Dawn com a cara no chão, se comparada com a noite de núpcias de Edward e Bella. Victoria/Josette perde lugar pra ela, que além de muito bonita interpreta uma das melhores personagens da história. Esperava mais de Michelle Pfeiffer e de sua Elizabeth Collins, ou talvez também não tenha conseguido chamar atenção por causa de Green e sua Angelique. Na verdade, as fantásticas histórias das personagens - mal contadas no filme - o deixam confuso e entrega o fato de que não foi escrito por Burton.

Sim, é uma adaptação de uma série de TV e talvez, se o tivesse escrito, Burton não teria liberdade de desenvolver melhor a história das personagens. Mas por ser uma série de TV, com fãs como Madonna e Tarantino, não proíbe os mais curiosos de visualizarem, ao menos em palavras por alguma fanfic, o que acontece com o fofo David, Carolyn, a Dra. Carter haha, o pai do David, ou a história daquela senhorinha, a trajetória da bruxa e até mesmo com mais detalhes a história de Barnabás. São personagens com histórias incríveis, já disse, que dariam no mínimo uma série de livros fantástica se escrita por alguém que perceba o potencial destas personagens e suas histórias.

Gostei no todo, principalmente de Depp que não me faz rir de verdade desde seu Willy Wonka, em 2005. Apesar do roteiro ser confuso, a história é divertida a ponto de se tornar um clássico favorito da sessão da tarde como, talvez, Esqueceram de Mim haha. Um bom filme para ver com a família, num dia de domingo talvez, mas nem de longe um dos melhores de Tim Burton.

Trailer


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