sábado, 17 de março de 2012

Oficina de Crítica de Cinema para Web com Francis Vogner - 2º Festival de Cinema Universitário da Bahia

Foto: Maiara Alves
Na última sexta-feira, dezesseis, tive uma superdose de cinema: oito horas na oficina de Francis Vogner e uma aula de França pós-Revolução Francesa com Les Misérables (1998) na faculdade. Um dia estranhamente bom e singular.

Cinéfilos, jornalistas, estudantes de audiovisual, um poeta e eu. Vinte e nove pessoas estreitamente ligadas com o cinema foram selecionadas para a Oficina de Crítica de Cinema com o jornalista, produtor e curador de mostras de cinema, professor de teoria, história e crítica de cinema (simpático e bastante acessível, devo acrescentar) Francis Vogner dos Reis no 2º Festival de Cinema Universitário que acontece entre 15 e 18 de Março na SaladeArte Cinema do Museu e Cine Cena Unijorge. Não estou estreitamente ligada com o cinema, apenas escrevo de vez em quando aqui no blog e no meu projeto de TCC sobre o Cinema Novo, mas foi o bastante pra conseguir uma vaga na disputadíssima aula de Francis Vogner.

Uma aula de crítica não exclusivamente para web, como o próprio Vogner diz, mas simplesmente uma aula sobre os pontos que devem ser observados e pontuados em um filme, os elementos de reflexão, a desmitificação do estereótipo do crítico e sua relação com a razão, emoção e a crítica. As características do texto, a importância de rever filmes e mudar as impressões, um breve histórico da crítica de cinema brasileira e internacional (com foco na francesa), a importância da crítica como intervenção, as resenhas jornalísticas, a relevância dos blogs de cinema no meio cinematográfico, entre outras coisas. Vogner falou entusiasticamente por quase oito horas sobre cinema, além de abrir espaço para perguntas e exibir um curta e um longa.

Constatei o que já suspeitava: não existe universalidade! Não existe universalidade em escrever sobre cinema, em refletir sobre cinema e em fazer cinema. Não existe universalidade em nada, na verdade. Universalidade artificializa a arte, disse Vogner e eu concordo plenamente. Devemos não apenas apreciar um filme em sua individualidade, no que ele ou seu diretor mais tem de incomum, mas principalmente ressaltar a nossa individualidade ao escrever sobre ele: nossas impressões, sentimentos e sensações - racionalmente, é claro. Acredito que essa teoria deve ser extendida à vida também, não? Pois da individualidade surge a originalidade e não queremos ser mais um na multidão.


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