quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Julie Taymor - Frida

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Frida
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Hayden Herrera, Clancy Sigal, Diane Lake, Gregory Nava, Anna Thomas
Ano: 2002/EUA - Canadá
Gênero: Biografia/Drama/Romance
Elenco: Salma Hayek, Alfred Molina, Valeria Golino, Mía Maestro, Roger Rees, Diego Luna, Patricia Reyes Spíndola, Margarita Sanz, Geoffrey Rush, Ashley Judd, Antonio Banderas, Lila Downs 

Sinopse: Frida Kahlo (Salma Hayek) foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ele teve também um casamento aberto com Diego Rivera (Alfred Molina), seu companheiro também nas artes, e ainda um controverso caso com o político Leon Trostky (Geoffrey Rush) e com várias outras mulheres.

Opinião: Confesso que tinha uma visão (leiga antes e depois do filme) de uma Frida mais temperamental, no filme a impressão que passaram foi de uma Frida passional, que agia de acordo com seus sentimentos e que era essa a beleza das suas obras, como dizia Rivera, a diferença entre ele e Frida é que ela pintava com o coração, de acordo com suas emoções e para si. Ela não se preocupou em expor suas obras e foi bastante modesta com elas, e acredito que todos nós devíamos seguir seu exemplo.

Nunca entendi bem porque os grandes pensadores, artistas e pessoas notáveis sofriam tanto. Além de sofrer as conseqüências de ir contra os dominantes, é claro, acredito que o sofrimento maior tenha sido pessoal, ter consciência dos problemas que afligem o ser humano e a sociedade e não poder fazer muita coisa para reverter isso deve causa no mínimo uma úlcera. Frida manifestou estes sentimentos materialmente, e como digo sempre, isso vai muito além de qualquer interpretação e análise estilística de qualquer crítico e é este o exemplo que devemos seguir dela, viver de acordo com nossas emoções e não reprimi-las para “pensarmos racionalmente” como nos é imposto, devemos pensar emocionalmente, para assim podermos ser livres.

Não sei se alguém vai entender e posso estar falando besteira já que não sei nada sobre a vida, mas pelo pouco que sei, hoje, e nesses poucos dezenove anos e levando em consideração todo o meu contexto, a filosofia foi afastada da história (em teoria, é claro) e a emoção afastada do ser humano como ser social para nos reprimir. Emoção é liberdade. Chorar, gritar, cantar, espernear, sorrir, falar, são emoções que fazem parte de nós, reprimindo-as retardam o pensamento. Frida sentiu e não se importou com as convenções sociais, por isso sua obra é tão aclamada.

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução

Trotsky, Frida, Rivera e outras pessoas notáveis numa mesma sala conversando sobre a situação em que o mundo estava, me fez pensar onde estão e o que fazem agora os grandes pensadores da nossa época, dos anos dez do século XXI. Não os exaltados pela mídia, mas os que agem como topeiras, ali quase que por “debaixo do pano” e que não conhecemos por desconhecimento da causa ou por não estarmos no círculo social ou termos os amigos certos.

Pretendo ler um livro confiável sobre Frida pra entender e saber melhor sua relação com Trotsky – passei três meses ouvindo sobre ele no Lemarx e me assustei com o filme, sério. Também quero conhecer melhor o Riviera, achei muito estranho um comunista, como ele próprio se rotulava quase que exaltando NYC e todo EUA. Mesmo não conhecendo a história de Frida e de Rivera, achei o filme tendencioso a começar pelo idioma que deveria ser o original e pelo elenco – tenho pavor de atores famosos em filmes biográficos.

Quotes

“Prefiro ter um inimigo inteligente que um amigo estúpido.”
“Essa é a realidade do socialismo. Matar quem não está de acordo.”
“Sempre morre alguém em uma revolução.”
“Por isso que prefiro a evolução; educar os pobres, mobilizar os trabalhadores. Claro, você com sua revolução matariam a metade dos pobres para conseguir o que quer.”
“Você é um comunista que se enriquece pintando para o governo e ricos mercenários.”
“Os ricos devem ter bom gosto.”
“Não, os ricos não têm bom gosto, pagam alguém para que o tenham em seu lugar. Eles não lhe contratam porque é bom, e sim para diminuir o seu sentimento de culpa. Lhe usam Diego, e você é muito inocente para perceber.”
“Não quero, não podia crer, esta gente é idiota. Gritam contra a agressão de Hitler e aplaudem a Stalin. Não são a mesma criatura?”
“Sim, mas não exatamente. Claro que os dois são monstros, mas, ao menos, Hitler é um homem com uma visão.”
“Visão? Está louco!”
“É claro que está louco, mas tem a habilidade de manejar a mente do povo enquanto que Stalin é um alienado. Tem brutalidade, mas se o analisarmos a fundo Stalin nada mais é que um burocrata e é isso que sufoca nossa revolução. São parecidos, porque estão possuídos pela loucura do poder.”
“Sua obra é ácida e terna. Dura como o aço e livre como as asas de uma mariposa. Amável como um sorriso e cruel como a amargura da vida. Pode ser, mas não creio que nenhuma mulher tenha plasmado tanta poesia em uma tela.”
“Espero que a saída seja alegre e espero nunca mais regressar.”

Trailer


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