sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Stephen Daldry - The Reader



The Reader
Direção: Stephen Daldry
Ano: 2008
Gênero: Drama
Elenco: Kate Winslet, Ralph Fiennes, David Kross, Lena Olin 
Sinopse: A sociedade acredita que é guiada pela moralidade mas isto não é verdade. O premiado diretor de As Horas, Stephen Daldry, mostra novamente toda sua força nesta história de medos e segredos escondidos pelo tempo. Hanna (Kate Winslet) foi uma mulher solitária durante grande parte da vida. Quando se envolve amorosamente com o adolescente Michael (Ralph Finnes) não imagina que um caso de verão irá marcar suas vidas para sempre. Livro com sucesso mundial de vendas, O Leitor é a uma história que nos levará a questionar todas as nossas mais profundas verdades.

Opinião: Há muito tempo eu queria ver esse filme, várias vezes pus o livro na Cesta de Compras mas acabava desistindo de comprar na última hora. Ontem, vi uma hora do filme e a outra hora hoje de manhã. Grave erro! É um filme pra ser visto de uma vez só, assim fica emocionante e o impacto é bem maior.
Desde quando vi "A Vida é Bela" filmes e livros relacionados ao holocausto, nazismo e 2ª Guerra têm chamado bastante a minha atenção. Não que eu tenha alguma admiração, só por curiosidade. Não leio histórias sobre os campos de concentração, tenho um interesse especial sobre as conseqüências nas vidas das pessoas que passaram por isso e vivenciaram a época.

O jovem Michael com 15 anos conheceu Hanna quando voltava da escola passando mal e vomitando na porta de sua casa. Os dois acabam se envolvendo por um verão (sempre os verões, aqui no Brasil todo mundo quer ficar solteiro no verão, no Emisfério Norte é a época em que todos se apaixonam e vivem relacionamentos marcantes) , nesse tempo Hanna pede para que Michael leia em voz alta para ela. Homero e A Dama do Cachorrinho são apenas dois dos vários livros lidos por Michael. Hanna vai embora sem dar satisfação alguma, e anos mais tarde, quando Michael pensava ter esquecido tudo, ele, estudante de direito, a encontra num julgamento no qual está sendo a principal acusada de deixar presa 300 judias em um incêndio. Michael tem provas que inocentariam Hanna, mas por medo (foi o que entendi) não o faz e Hanna acaba sendo condenada a prisão pérpetua. Anos mais tarde Michael volta a sua cidade natal e decide gravar em fitas o áudio da leitura dos livros que Hanna gostava. As fitas são enviadas por mais de 20 anos, nesse tempo Hanna decide aprender a ler e tenta se comunicar através de frases curtas, por cartas, com Michael, que não a responde.

O filme não se trata das atrocidades da 2ª Guerra, e sim do quanto as pessoas marcam a nossa vida - independente do tempo que passamos com elas. Rubem Braga define bem isso na crônica A Palavra "Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito - como não imaginar que, sem querer, feri alguém?" (ou marquei alguém). Hanna não tinha idéia do quão importante seria na vida do, então jovem, Michael - acredito que nem o próprio Michael, já que no julgamento ele estagnou quando ouviu sua (Hanna) voz e seu nome ser chamado. 


Trailer 

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