sábado, 30 de abril de 2011

Carlos Saldanha - Rio


Rio
Direção: Carlos Saldanha
Ano: 2011
Gênero: Animação
Elenco: Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Rodrigo Santoro, Jamie Foxx, Will.i.Am

Sinopse: Blu (Jesse Eisenberg) é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, capturada na floresta, foi parar na fria Minnesota, nos Estados Unidos. Lá é criada por Linda (Leslie Mann), com quem tem um forte laço afetivo. Um dia, Túlio (Rodrigo Santoro) entra na vida de ambos. Ornitólogo, ele diz que Blu é o último macho da espécie e deseja que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Rio de Janeiro. Linda e Blu partem para a cidade maravilhosa, onde conhecem Jade (Anne Hathaway). Só que ela é um espírito livre e detesta ficar engaiolada, batendo de frente com Blu logo que o conhece. Quando o casal é capturado por uma quadrilha de venda de aves raras, eles ficam presos por uma corrente na pata. É quando precisam unir forças para escapar do cativeiro.

Opinião: Eu não pretendia ver esse filme - talvez algum dia em dvd -, mas ainda assim nunca tive a intenção, porééééém uma série de pequenos acontecimentos (chuva e engarrafamento me atrasaram para a primeira sessão de Água Para Elefantes) me fizeram comprar o bilhete, mesmo com 10 minutos de filme adiantado. É engraçadinho e deixou muito a desejar, se o filme fosse 100% feito pelo Carlos Saldanha tenho certeza que seria melhor. O tucano me lembrou aquela música "Vou não, posso não, minha mulher não deixa não" haha, achei bem fiel à nossa realidade o relacionamento dele com a D. Tucana. Blue é tão sem graça, imaginei a Jade fácil fácil como a Anne Hathaway. Foi muito fácil de adivinhar que o cara das aves era, na voz original, o Rodrigo Santoro e eu juro que não sabia disso. Como assim a dentista do Rodrigo Santoro usa fantasia de escola de samba e sai dançando pela rua fora do sambódromo? Nunca fui no RJ, mas tenho certeza que ninguém usa aquelas roupas fora da Sapucaí. E o segurança? KKKKKKK. Sério, muito ridículo. As paisagens estavam lindas, mas como assim as mulheres vão de calcinha boyfriend pra praia no Rio? WTF?

Aham Cláudia, senta lá!
E o Blue dizendo que odeia samba? Bom, eu tbm detesto pagode/axé e prefiro tango à samba, se formos falar de música regional. Não tenho muita paciência pra animação, pela previsibilidade e por não me chamar atenção - pouca coisa tem me chamado atenção ultimamente, na verdade. Enfim, como eu não esperava ver o filme não posso dizer que fiquei desapontada, mãããs acredito quando dizem pra termos medo com esse interesse dos EUA no Brasil  - e não venha me dizer que o Brasil é um país do futuro porque isso não cola com os estadunidenses, tenho certeza que todo esse interesse tem segundas intenções.


Trailer


Francis Lawrence - Water For Elephants


Water For Elephants
(Baseado no livro de Sara Gruen, 2006)
Direção: Francis Lawrence
Ano: 2011
Gênero: Drama
Elenco: Christoph Waltz, Reese Witherspoon, Robert Pattinson, Hal Holbrook, Jim Norton, Mark Povinelli, Scott MacDonald, James Frain
Sinopse: Jacob Jankowski (Hal Holbrook) já passou dos 90 anos e não consegue esquecer seus momentos da juventude nos anos 30, período difícil da economia americana, que o levou a trabalhar num circo. Foi lá, enquanto era jovem (Robert Pattinson) e um ex estudante de Veterinária, que ele conheceu a brutalidade dos homens com seus pares e também com os animais, mas encontrou a mulher por quem se apaixonou. Marlena (Reese Whiterspoon) era a Encantora dos Cavalos, a principal atração e esposa do dono do circo: August (Christoph Waltz) um homem carismático, mas extremamente perigoso quando suas duas paixões estavam em jogo.

Opinião: Confesso que esperava bem mais do que foi apresentado nas duas horas de filme, os posters lindos, o trailer lindo... é, tudo de bonito (inclusive a trilha sonora) estava só no trailer mesmo. Vou passar a acreditar que o Christoph Waltz é um cara mal porque por qual razão ele seria chamado pra interpretar o August, um personagem tão perverso quanto o Hans Landa (Inglourious Basterds)? Reese pra mim é atriz de comédia romântica, ela não combina com drama mesmo, não desceu e Marlena na minha imaginação é muito mais parecida com a descrição da Sara Gruen. O Jacob do Robert não me emocionou como o Jacob do Hal Holbrook que ficou MUITO fiel ao livro e me emocionou bastante no final. 

O livro como sempre é bem melhor que o filme, a "imagem pronta" que o filme apresenta da história não nos dá tempo de assimilar os detalhes como o livro permite. A narração e descrição de histórias por escritores é o único tipo de "lentidão" que gosto. Adaptações cinematográficas de livros/contos/crônicas só servem pra divulgar as obras originais e cinema só é bom quando a história é original. 


Trailer


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Royal Wedding - Kate & William


06:10 da manhã. A chuva é forte.
Tá frio.
Minha mãe sai pro trabalhar e diz "Maiara acorde, tô saindo... você disse pra eu te chamar."
Chove mais forte, o frio aumenta quando levanto da cama. Corro pra sala enrolada no lençol e ligo a TV, na Globo o Globo Rural e no SBT Príncipe William e Príncipe Harry se dirigiam à Abadia.

E eu me pergunto: "E a noiva? Já passou?"

Corro pro twitter, minha internet "caiu". Volto pra TV e me tranqüilizo quando os jornalistas do Jornal do SBT falam da expectativa do vestido da noiva "Como assim eu acordei cedo e não vou ver a noiva chegando? Humm, William tá bonito de farda" eu penso. Acordo minha irmã. Ela me pergunta "Cadê a noiva?" e eu "Não faço idéia, a internet caiu." 

Charles, Camilla, Pippa, James Middleton, a Rainha... e a noiva.

O.M.G!

A  N O I V A

Me apaixono pelo vestido e faço uma péssima comparação com o vestido da Cláudia Leitte. Mudo de canal e comento com minha irmã "Por que a Globo chamou a Glória Kalil? Só a Renata Vasconcellos comentando o vestido tava bom." A noiva chega na Abadia. Me apaixono pelas crianças. Acho a cauda longa demais, mas quero o meu vestido com renda!

Kate e William se dirigem ao altar. Acho Harry um fofo por olhar pra atrás e descrever a noiva pro irmão. 

Kate chega ao altar e o príncipe diz "Você está linda." e segura o riso. Eu quase choro. Kate sorri "monalisamente" e ambos, nervosos, devem estar pensando o quão serão felizes ou o quão mágico é este dia; nesse momento Kate é a mulher mais invejada no mundo porque o quanto você sonharia se casar com toda pompa e circunstância com o príncipe herdeiro e este te olhar carinhosamente e dizer "você está linda" no altar com a família chefe de estado, o vestido do sonhos e mais de 2 bilhões de pessoas te assistindo? Catherine Middleton sonhou... e conseguiu.

Kate e William dizem "sim" e...


E pra traduzir o que significa tudo o que eu disse, toda a manifestação da população britânica e mundial, um pequeno texto retirado de um tumbrl qualquer:
Kate sofria bullying. Kate tinha uma foto do príncipe William pendurada na parede do quarto dela, assim como várias outras meninas. Kate tinha o sonho de se casar com ele, assim como várias outras meninas. O percentual de matrículas da Universidade Saint Andrews cresceu 44% naquele ano, e de cada 10 alunos 9 eram mulheres. Era “impossível” chamar a atenção do príncipe no meio daquela multidão, era “impossível” ter uma chance com ele, afinal, todas elas eram plebéias. Mas nem por isso Kate deixou de acreditar… e hoje, quando ela subiu no altar, era ele quem a estava esperando.
E hoje eu aprendi que não importa. Não importa se é aquele garoto que faz seu coração disparar ou o príncipe da Inglaterra. O que importa é que nada é impossível. Não interessa quem entre no caminho, o que é seu É SEU e vai chegar no momento certo.
A vida sempre tem algo guardado pra você!
É irritante ouvir "Nossa quanto desperdício de dinheiro" ou "Que casamento fútil, desnecessário, tanta gente passando fome" e blábláblá. É justamente por isso que mais de 2 bilhões de pessoas acompanharam o casamento. Tanta coisa ruim acontecendo no mundo que não faz mal parar um dia pra ver e sonhar um conto de fada.

Porque por um dia a gente pode fingir que o mundo é perfeito, que o amor existe e que qualquer mulher pode se tornar princesa de verdade.




"E foram felizes para sempre."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lisa McMann - Gone


Gone foi muito mais fácil de ler do que Wake e Fade, acho que por estar um pouco mais familiarizada com o estilo da Lisa McMann. A impressão que eu tive foi que ela dividiu a história em três partes: Wake, a apresentação, Fade o clímax e Gone o desfecho da história. EU daria muito mais crédito à autora se ela tivesse feito um só livro, e acredito que muita gente pensa assim também, mas a culpa deve ser da editora dela, enfim. 

Fiquei feliz por Janie ter encontrado o pai e saber que ele não a tinha abandonado, a pior dor do mundo é a de ser rejeitada. Cabe é um fofo, sério, eu imagino muito o Keegan Allen quando ele está reconfortando a Janie... e Janie pra mim continua sendo a Miley, não tem jeito. Bom, o que mais me chamou atenção foi o Morton's Fork - "refere-se a uma escolha entre duas alternativas igualmente agradáveis, trata-se de um dilema. Também pode ser duas linhas de raciocínio que levam à mesma conclusão desagradável. Algo como 'entre a cruz e a espada'." N.T. Achei isso o máximo, essa expressão. Nunca tinha ouvido falar e adorei, eu não sei se só eu e a Janie vivem esse dilema, mas é bom saber que 'isso' tem nome, haha.

Não tenho muito o que falar sobre o livro não, é uma história triste(?) e estranhamente verdadeira, não pela parte de apanhar sonhos, mas as circunstâncias nas quais os personagens são submetidos. Não é nenhum conto de fadas, e em momento algum o livro me fez viajar, só me fez pensar que tem gente em um Monrton's Fork bem crítico. 

- Estou acendendo o fogo com minha mente, fritando o bacon com meus pensamentos mais negros e crocantes. E você achou que tinha uma habilidade especial. Pense duas vezes, senhorita.
(pág. 14 e 15)

Talvez seja mais fácil consertar corações partidos do que mãos e olhos.
(pág. 46)

Porque, com a pessoa certa, às vezes, beijar parece que vai curar.
(pág. 60)

Então, eles decidem. Decidem decidir a cada dia que passa o que virá pela frente. 
Sem compromissos. Sem grandes planos. Só a vida, a cada dia. 
(pág 191)

sábado, 16 de abril de 2011

Scott Westerfeld - Especiais


Ai, como eu amo essa série! Livro é um universo paralelo, uma nova dimensão onde absolutamente tudo pode acontecer e é possível, adoro livros e filmes que mostram um modo alternativo de viver. A série Feios aborda mais que uma nova dimensão, é tudo tão real e, felizmente, tão fácil de imaginar que qualquer desequilibrado (eu) rezaria pra que o mundo fosse realmente assim já que o mundo em que a gente vive é insuportavelmente entediante.

Confesso que eu esperava um pouco mais de Especiais já que Perfeitos foi totalmente borbulhante. Primeiramente não gostei muito de Tally ter sido transformada em especial, ou como é explicado em Especiais: uma cortadora. A impressão que deu foi que ela estava destinada a procurar eternamente pela cura - sendo que ela mesma podia se curar de tudo, sozinha, - fugir sempre e de alguma forma voltar às salas de cirurgia e começar tudo de novo. Em Especiais, ela se tornou uma cortadora, uma Especial dos especiais da Dra. Cable que resolveu criá-los após a revolução que Tally, Shay, Zane e alguns outros Crims criaram tentando se libertar da transformação em Perfeitos e da tentativa de fuga para a Fumaça. Os Cortadores têm toda liberdade em Nova Perfeição e em toda a cidade, o grupo é liderado por Shay e a missão deles é identificar enfumaçados infiltrados entre os Feios, os enfumaçados por sua vez tentam levar os feios para a Nova Fumaça (livrando-os então da cirurgia que os tornam perfeitos e alienados) e entregar pílulas de cura em Nova Perfeição. Zane, que teve sérios danos cerebrais causados pela ingestão da pílula de cura errada, está melhor, porém sua coordenação motora não foi estabilizada, entre outras coisas. Tally, com o sentimento de culpa e por achá-lo medíocre por ainda ser perfeito, quer que Zane se transforme em Especial para poderem ficar juntos e que ele possa ser curado de vez, então ela e Shay invadem o arsenal da cidade para a Dra. Cable pensar que Zane foi o responsável, fato que o tornaria sagaz e possivelmente resultaria na sua transformação em um Cortador Especial.

Como sempre, as coisas não acontecem como o planejado pra ninguém, nem nos livros caramba! e Tally acaba causando uma grande confusão e ajudando bastante na revolução do fascinante mundo de Scott Westerfeld. Após Tally e Shay invadirem o arsenal da cidade em busca de uma arma que libertaria Zane e possivelmente resultaria em sua transformação em Cortador, ambas acabam fugindo e sem querer, após uma série de fatos, acabam indo parar em Diego, uma cidade onde o governo aceita o Novo Sistema, ou melhor, Diego é a nova fumaça. Os Enfumaçados não residem mais no mato, ou nas ruínas dos enferrujados, mas nessa nova cidade que acolhe fugitivos de várias outras cidades, não controlam mentes e a moda é bem diferente da cidade de Tally. Bom, acontece mais uma série de fatos e Tally volta pra sua cidade, injeta a cura na Dra. Cable e logo após é presa novamente e quase sofre uma nova cirurgia, não fosse uma ajudinha básica que recebeu de... da Dra. Cable! Fiquei super surpresa, jurava que era David. Dra. Cable venceu a cura - nunca duvidei disso - e fez um discurso quase emocionante pra Tally. 

Tally continua especial e vai atrás de David, ambos não conseguem viver em cidades - Tally por ser uma Especial e especiais são criados pra viverem na natureza e David por nunca ter vivido em uma cidade, seu hábitat é mesmo a Fumaça, ruínas enferrujadas e a natureza em si. O mundo vem sofrendo uma transformação "mentes borbulhantes prestes a serem libertadas, e todas as cidades que vão finalmente despertar", mas esse novo mundo tem Tally e David como guardiões, ambos estão prontos para uma circunstância especial se essas novas mentes libertas resolverem derrubar árvores, represar rios, expandir suas cidades na natureza, etc. 

Vou só fazer um resumo do livro mesmo, quando Extras for publicado farei uma conclusão sobre a série. Algumas passagens e quotes:

Como Shay sempre dizia no treinamento, os avoados entendiam tudo errado: não importava a aparência da pessoa, e sim como ela se comportava como ela se via. Força e reflexos representavam apenas um aspecto da questão - Shay simplesmente sabia que era especial e, por isso mesmo, ela era. Os demais representavam apenas papéis de parede, um cenário fora de foco, um zumbido sem sentido, até que Shay jogasse a própria luz sobre eles.

- Você sente saudade da época em que era perfeita, Shay-la? - perguntou Tally. Elas só passaram alguns meses juntas no paraíso borbulhante antes que a situação ficasse complicada. - Foi meio divertido.
- Foi falso - respondeu Shay. - Eu prefiro ter um cérebro.
Tally suspirou. Não dava para discordar, mas ter um cérebro às vezes era motivo de tanto sofrimento.

A cidade cria os perfeitos do jeito que são para que sejam felizes e deixem o planeta em paz. Nós fomos transformadas em Especiais para enxergar o mundo de uma maneira tão perfeita que sua beleza quase dói e, assim sendo, para não deixarmos que a humanidade o destrua novamente.

Como alguém governaria uma cidade onde todo mundo fosse um Crim? Em vez de a maioria das pessoas seguir as regras, a população estaria sempre roubando e armando truques. Será que esse atos não evoluiriam para crimes de verdade, para violência sem sentido e até mesmo assassinatos, como na época dos Enferrujados?

Andrew Simpson Smith não era como a massa de feios e perfeitos como olhar bovino da cidade, as pessoas que não eram Especiais. Viver no mato o tornava igual a ela: um caçador, um guerreiro, um sobrevivente. Com as cicatrizes de dezenas de lutas e acidentes, ele quase parecia com um Cortador.

Essa era a principal lição que se aprendia no mato: nada era confiável, nem o próprio jantar. Não era como a vida na cidade, onde todas as quinas haviam sido arrendondadas, em que todas as varandas eram equipadas com um campo de força caso a pessoa caísse, e aonde a comida nunca vinha fervendo. 

- Eu realmente achei que você tinha mudado. Mas continua a mesma feia egoísta que sempre foi. É isso que é surpreendente sobre você, Tally. Mesmo a Dra. Cable e seus cirurgiões não têm a menor chance contra o seu ego.

A Nova Fumaça não era um acampamento qualquer escondido no mato, onde as pessoas cagavam em buracos no chão, comiam coelhos mortos e queimavam madeira como combustível. A Nova Fumaça estava bem ali, espalhada debaixo dela. 
Uma cidade havia se juntado à rebelião.

- Antes de virmos para cá, nós, Cortadores, conhecíamos o plano da Dra. Cable - disse Tachs. - Ela não quer destruir Diego, e sim transformá-la em uma cidade igual à nossa: rígida e controlada, onde todo mundo é um avoado.
- Quando a situação virar um caos - acrescentou Shay -, ela virá aqui assumir o controle.
- Mas as cidades não conquistam umas às outras! - disse Tally.
- Geralmente, não, Tally, mas não percebeu? - Shay virou para os destroços ainda em chamas da Prefeitura. - Fugitivos à solta, o Novo Sistema fora de controle, e agora o governo em ruínas... isto é uma Circusntância Especial.

Ela e Shay haviam começado aquela guerra estúpida, afinal. Pessoas normais e saudáveis não fariam uma coisa assim, fariam?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Hannah Howell - A Vidente


Estamos no século XVIII, na Inglaterra georgina... bastou eu ler isso na sinopse e ver o laço fofo que fecha o livro pra eu comprar e morrer de vontade de ler - e futuramente me decepcionar. Jane Austen, Brontë e inúmeros outros autores e filmes têm como o interior da Inglaterra os cenários perfeitos para as suas trágicas, doces e perfeitas histórias de amor, luta, coragem, vingança, etc. É claro que, quando você estuda História, você vê que a era medieval e todos os anos em que se passam as nossas histórias preferidas não são tão românticos como autores, diretores e roteiristas fazem parecer. Na verdade os nossos mocinhos - e vilões - queridos não fazem uma boa higiene pessoal e possuem hábitos estranhos e nojentos desde a antiguidade até o dia de hoje, certo Mr Pattinson e Brit Pack? Então é bom nos contentarmos com os homens daqui e pararmos de sonhar com Mr Darcy, Heathcliff e companhia limitada. 

Esse é o primeiro livro da Hannah Howell que leio, na orelha do livro consta que ela possue diversos best-sellers dentre os mais de 20 livros publicados e, longe de mim julgar, mas como ela conseguiu isso? Na orelha ainda diz "uma história eletrizante que combina suspense e romance até as últimas páginas." Como? O desfecho é revelado antes dos fatos acontecerem, a narrativa é muita lenta e desnecessariamente detalhada e Chloe é tão insuportavelmente perfeita que me dá náuseas, ela é tipo Paulina sabe? A "mulher ideal", e Beatrice que tinha tudo pra ser uma boa Paola não tem suas maldades descritas como todo bom autor faz com seus vilões. O clímax mais chato do que final de novela, todo mundo sabia que Arthur ia acabar morrendo e Chloe, Julian e Anthony viveriam felizes para sempre, como coelhos. WTF? "como coelhos"? Quem fala assim? Leo foi o único personagem digno do livro, ou o menos chato, como preferir.   

Bom, a sinopse e a capa me enganaram muito, e só por causa da criatividade da editora de ter feito uma capa decente pra esse livro de banca não vou considerá-lo o pior dos piores. Repito, só por causa da capa e do laço fofo:


As poucas quotes, na verdade eu ainda não acredito que consegui achar alguma citação que valesse a pena  destacar:

- Eu sempre soube que estávamos certas, que era o destino e que não poderíamos mudá-lo por nada. Sentirei a sua falta, mas, de verdade, não sofra por mim. Eu estarei feliz.
(pág 7)

- Você disse que eu tinha um muro muito forte, impossível de transpor. 
- Às vezes até mesmo os muros mais intransponíveis acabam mostrando algumas rachaduras. Uma fenda nas defesas.
(pág 53)

s vezes o melhor é muito irritante.
(pág 76)

- Por que eu deveria dar uma resposta sem nunca ter ouvido uma pergunta?
(pág 100)


É, não devemos nunca julgar um livro pela capa só porque é bonita não significa que o conteúdo seja bom, e isso vale na vida também.

Eu vou ler...


Consumista compulsiva de livros! Bom, mesmo tendo livros em espera  eu continuo comprando livros porque fazer compras é sempre bom e eu não agüento ficar sem comprar livros, adoro ficar esperando o cara da Saraiva com aquele pacote quase feio - se não fosse o conteúdo - geralmente nas terças-feira, qualquer barulhinho no portão e eu penso logo que é ele haha. Os livros que eu gosto sempre acabam virando série, tipo, os autores não poderiam contar a história num livro só? Não. Eles tinham que contar a história em 4, 5 livros só pra você ficar dependente e ter que comprar todos, o que acontece no caso de Especiais - mas eu AMO a série Feios, é o meu segundo livro preferido. Por falar em livros-que-viram-série eu tô há anos esperando The Soul que a S. M. parece ter abandonado *chora*. Em breve farei um post falando dos meus livros preferidos. Também vou tentar não comprar mais nenhum livro esse mês, porque né, eu não pago mais meia passagem e eu tenho que guardar dinheiro pra ver  Red Riding Hood e Water For Elephants.

De baixo pra cima:

1984 - George Orwell
Destino - Ally Condie
Especiais - Scott Westerfeld

Vou terminar A Vidente e começar Especiais ainda hoje, não tô agüentando a curiosidade.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

I Love You Baby... algumas cenas fofas (:

You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you
You'd be like heaven to touch
I wanna hold you so much...

Depois dos casais fofos algumas cenas fofas, é lógico. Eu adoro drama, mas não escondo de ninguém que sou muito chegada numa comédia romântica - apesar de quase nunca escrever sobre eles aqui no blog.


10 Things I Hate About You





Pride and Prejudice

Link -> http://www.youtube.com/watch?v=GXuziOJBISE&feature=related



Pretty Woman





Dirty Dancing

Link -> http://www.youtube.com/watch?v=qVNTPJKuVQg 



Titanic






The Notebook





Peter Pan





Love Actually

Link -> http://www.youtube.com/watch?v=AQajNLwJPyc



A Walk To Remember





My Girl







É, estou in love.





Rick Riordan - Percy Jackson e O Último Olimpiano


É tão triste dizer adeus, particularmente detesto despedidas porque sempre me emociono e/ou, na maioria das vezes, choro mais que criança no primeiro dia de aula. Vou sentir falta de Percy, Annabeth, Grover e principalmente de Dionísio - o melhor ''personagem'' da série. Não sei quando vou começar A Pirâmide Vermelha, por isso vou sentir falta também da escrita do autor.

Detesto tanto despedidas quanto cenas de luta, foi um pouco (muitíssimo, na verdade) chato o último livro por isso. Rick Riordan escreve bem, levando em consideração a péssima imaginação que eu tenho para monstros e afins, acredito que eu consegui visualizar os mesmos monstros que a maioria dos outros leitores imaginaram. Vou morrer de saudade de Dionísio, de verdade; ele era a versão masculina da Sue haha, eu ri horrores com ele nesse livros e nos outros também, é claro. Seria legal se o autor fizesse uma série ou apenas um livro, não vou sonhar demais, sobre os deuses narrado por ele. 

Fora as cenas de luta, toda aquela guerra, fiquei surpresa com a mensagem deixada pelo autor: se a família estiver presente não haverá guerras. Me emocionei quando li e, como diriam os semideuses, se os deuses não negligenciassem seus filhos, nem os filhos dos deuses menores, Cronos não teria forças para destruir o Olimpo. Uma boa metáfora, adorei mesmo.

Muitas quotes, muitas quotes:

Três anos antes Blackjack fora mantido como escravo no Princesa Andrômeda, até escapar com uma pequena ajuda minha e de meus amigos. Acho que ele preferiria ter a crina trançada como a do Meu Querido Pônei a voltar ali.
(pág 15)

- Não se pode contar com os amigos. Eles vão sempre desapontá-lo.
(pág 29)

É difícil achar graça em piadinhas quando a sua vida já parece uma.
(pág 49)

Quando você é um semideus e encontra uma doce garotinha sozinha na floresta, esse costuma ser um bom momento para puxar sua espada e atacar.
(pág 102)

Eu adoro Nova York. Você pode sair do Mundo Inferior no Central Park, pegar um táxi, descer a Quinta Avenida com um cão infernal gigante saltitando atrás de você, e ninguém nem olha achando esquisito.
(pág 145)

Talvez, na maioria das situações, oferecer uma faca a uma criança de sete anos não seja uma boa idéia, mas quando se é um meio-sangue, as regras comuns podem descer pelo ralo.
(pág 154)

- Não me diga que essa coisa é da mitologia grega - queixei-me.
- Receio que sim - disse Annabeth. - A porca Camoniana. Ela aterrorizou cidades gregas há muito tempo.
- Deixe-me adivinha - disse eu. - Hércules a derrotou.
- Não - replicou Annabeth. - Até onde eu sei, nenhum herói jamais a derrotou.
- Perfeito - murmurei.
(pág 252)

A porca desintegrou-se diante dos meus olhos. Eu quase tive pena dela. Torci para que encontrasse o porco dos seus sonhos lá no Tártaro.
(pág 256)

O que estou dizendo... é que odeio quando as pessoas me decepcionam, quando as coisas são temporárias. Acho que é por isso que quero ser arquiteta.
- Para construir algo permanente - disse eu. - Um monumento que dure mil anos.
(pág 267)

Sabem o que seria bom para este garoto? - ponderou Deméter. - A agricultura.
Perséfone revirou os olhos.
- Mãe...
- Seis meses atrás de um arado. Excelente para a formação do caráter.
(pág 283)

Seus olhos podem paralisá-lo; não a paralisia do tipo você-vai-virar-pedra usada pela Medusa, mas aquela do tipo ah-meus-deuses-aquela-cobra-enorme-vai-me-comer, tão ruim quanto a primeira.
(pág 289)

Eu quase senti saudade da porca voadora.
(pág 289)



Goodbye, Percy ô/

domingo, 10 de abril de 2011

TOP Casais

"Mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões."
William Shakespeare
                                                             




Desde criança somos educados a pensar que só somos felizes quando estamos com alguém - ou pelo menos é o que a mídia, familiares, amigos e todo mundo pensa; estamos sempre em busca da alma gêmea mesmo quando nos decepcionamos e juramos nunca mais nos apaixonar de novo. Na real life não acredito no amor - apenas no amor-próprio e na comunhão convencional, não no sentindo financeiro, mas na troca de favores como companheirismo, amizade, família, filhos, ou o que quer que seja ''acordado''.

Já na ficção... na ficção tudo é possível, até o amor. Alice Ayres/Jane Jones poderia amar o Daniel pra sempre? SIM. Jack morreria (e morreu) pela Rose? SIM. Bella ficaria forever alone por causa do Edward? NÃO - ela tinha o Jacob. Hahaha, brinks, SIM - ela ficaria pra titia. Temos alguns universos paralelos em que tudo é possível, os homens são perfeitos e a vida é bela: literatura, filmes, séries, algumas poucas novelas (a maioria mexicanas) e na nossa imaginação - tem coisa mais linda que amor platônico? Idealizamos o cara perfeito de acordo às nossas necessidades.


1 - Jack e Rose


Quando se fala em casal romântico em quem você pensa? Romeu e Julieta  Jack e Rose! Nem tanto na Rose, vai, as mulheres pensam mais no Jack como cara-perfeito. Ele pularia atrás dela na tentativa fail de suicídio, ele foi preso injustamente e ela preferiu ir atrás dele do que entrar no bote - largando o noivo ryco. Ela pulou do bote em movimento em nome do "Você pula, eu pulo. Lembra?" e ele deixou ela esperar em cima da porta em nome do cavalheirismo, é claro, e demonstrar que ela era mais importante do que sua própria vida. Tem-como-não-amar? 


2 - Darcy e Elizabeth


Darcy e Elizabeth, psicologicamente falando, são o casal mais real life da ficção, todo mundo alguma vez já interpretou o futuro-ex-atual-namorado/marido/whatever errado, ou teve uma péssima primeira impressão dele e que, quando se conheceram melhor, todo esse mal entendido foi resolvido, certo? É claro que seu futuro-ex-atual não é o Mr Darcy de Devonshire - esse homem não existe. Matthew McFadyen de todas as adaptações - cinematrográficas ou televisivas - foi o que mais me apaixonou.




Tem-como-não-se-apaixonar?


3 - Cathy e Heathcliff
 

O interior da Inglaterra é um dos grandes cenários das histórias de amor, senão o maior. Verona who? E é lá onde conhecemos, entre outos, Cathy e Heathcliff. Cathy e Heathcliff, pra mim, é o melhor casal de todos os tempos. Eles cresceram juntos e as circunstâncias fizeram do amor deles o mais impossível e mais romântico de todos. Heathcliff é mais do que um personagem, é quase um adjetivo porque quem mais amaria alguém com tanto fervor e dedicação do que ele?
"Não posso viver sem a minha vida. Não posso viver sem a minha alma". Fala sério! Marry Me Heathcliff ♥


4 - Edward e Bella


Edward e Bella... por que não? O que define a qualidade de uma obra é o que você sente ao vê-la/lê-la/ouvi-la. Quando eu fui no cinema -impulsionada por uma força oculta - ver esse filme que eu só tinha visto por causa de uma música da minha banda preferida do momento eu não sabia que iria me apaixonar pelo vampiro dos olhos dourados que brilha no sol. Antes de tudo, a massificação do filme e livros fizeram de Twilight algo a se detestar, mas o que eu e todas as outras pessoas sentiram ao virar cada página do livro é indescritível, sim, porque com certeza você sentiu algo - eu terminei o livro apaixonada pelo Edward, falando sério. É uma pena que o filme tenha feito tanto sucesso e que a história tenha se tornado piada, mas pra mim e para os que se apaixonaram pela história de amor do vampiro e da humana, eles vão ser sempre uma boa recordação e bons livros pra fugir da realidade.


5 - Jade e Lucas


Eu tinha entre 9 e 10 anos quando O Clone passou pela primeira vez na TV, e não sei se porque eu era criança - e quando somos crianças achamos tudo incrível e mágico, - mas Jade e Lucas foram o único casal de novela convincente, tão convivencente que até os atores acreditaram nos seus personagens e no processo acabaram se apaixonando também. O núcleo principal da novela tinha uma história muito interessante e até eu que entendia pouca coisa - hoje, sem dúvida, faço uma análise melhor em Vale a Pena Ver de Novo - sabia que a novela era boa. Imagina você nascer de novo? Ter uma segunda chance? Imagina se seu clone se apaixona pela sua alma gêmea? 


6 - Chuck e Blair


O mais improvável de todos - pelo menos pra quem assiste GG desde o início. Sabe aquele casal recalcado de Malhação? Aqueles que são rejeitados pelo casal principal? É Chuck e Blair, pelo menos Blair se encaixa nesse perfil, Chuck nunca gostou de ninguém. Ambos são um dos meus personagens preferidos, Blair por ser um ícone fashion, manipular e ter tudo do jeito que ela quer e todos aqueles dramas fúteis, e principalmente por ser a única a fazer Chuck dizer ''i love you too". Chuck Bass... é Chuck Bass, ele não precisa de comentários, certo? O nome dele diz tudo. 

Há muitos casais e muitas histórias que valem a pena ser comentadas, gosto de muitos outros como: Bentinho e Capitu, Ron e Hermione, Ian e Wanda, Fiona e Shrek, etc. Não importa qual seja seu casal preferido ou qual é o melhor de todos, se você se emocionou com eles e/ou quis viver a história deles é porque suas histórias valem a pena ser vistas, lidas e ouvidas.











sábado, 2 de abril de 2011

Woody Allen - Whatever Works


Eu nunca ri tanto com um filme - não que eu lembre pelo menos - na vida. 

Boris é... não sei explicar, na verdade não existem palavras pra defini-lo, ele é simplesmente Boris e me identifiquei muito com as teorias loucas dele, e olha que maravilha: eu não sou a única pessoa que odeia pessoas (a maioria das pessoas, pelo menos; mas no fim todas são totalmente dispensáveis). Evan Rachel Wood está tão diferente, quase a reconheci de primeira não fosse a falta de close - digo, em momento algum Woody fotografou seu rosto - nem o do Larry David pra ser justa. Boris é o que todo mundo é por dentro, talvez não exista alguém com todos aqueles "problemas", mas alguma coisa do Boris todos nós temos. Eu detesto pessoas tanto quanto o Boris, acho a humanidade um saco e não vejo a hora do mundo acabar, entre outras coisas; é que o Boris passa o filme todo falando tudo que o ele está pensando- tudo mesmo - e é tanta coisa que até eu fiquei perdida, o fato é: fiquei feliz em conhecer ele, estou feliz por não ter morrido antes de ter visto esse filme e rir de Boris, Melody, sua mãe, seu pai, os amantes da mãe de Melody... todo mundo haha. Vou ver o filme de novo, Boris é tipo Chaves e Chris: você vê os episódios mil vezes e ri das mesmas piadas e situações todas essas mil vezes. 

Só anotei uma quote: "Na teoria, somos perfeitos. Mas a vida não é só teoria." Se eu fosse anotar todas as quotes boas eu teria que digitar todo o texto do Boris. Ah sim, Boris não lembra um pouco Sue? Ou Sue lembra um pouco Boris?

Trailer



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