terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sam Mendes - American Beauty


Acabei de assistir Beleza Americana no Intercine e minha conclusão é "Por que eu não vi esse filme antes?". Tem uma porção de filmes que todo mundo viu e eu não, mas eu fico irritada comigo mesma por não ter visto um filme do meu tipo: drama + análise psicológica de personagens-com-desvios-de-conduta.

De fato nada é o que parece, muitas pessoas vivem de aparência fingindo ser o que não é física, financeira e psicologicamente. Eu não sei quanto às outras pessoas, mas a minha reação ao filme foi de uma imensa corrente de idéias criativas pras minhas histórias. Sou um pouco sádica, ri em cenas tensas e quando o Kevin Spacey levou um tiro eu disse "Que massa, véi". Eu estou absolutamente in love pelo Wes Bentley, quando o vi no filme eu disse "Ju, vem ver que cara lindo... ele parece um robô". A minha idéia de beleza é bem excêntrica.

Os personagens são perfeitos nos seus defeitos. Ou do que você considera ser um defeito. Lester Burham é sem dúvida o mais interessante: ele acorda duas vezes no filme. A primeira quando resolve bancar o garotão pra conquistar a amiga da filha adolescente e a segunda quando quase consegue ter a garota. Mas aí não tem mais volta, o Chris Cooper acaba com ele (alguém me diz porque esse cara não ganhou o Oscar por esse filme?) e pra deixar registrado: quando o Frank bate no filho por pensar que ele é gay na hora eu saquei que o Frank que era gay, mas confesso que achei que tinha sido a Carolyn quem tinha matado o Lester.

O filme como todo mundo sabe, menos eu até umas 2 horas atrás, é perfeito. A composição de imagem é perfeita, eu reconheci meus ângulos fotográficos no filme; não lembro de já ter visto algum outro filme do Sam Mendes, mas me identifiquei com ele - se é que eu posso dizer isso. A história é genial, eu adoro não só a análise psicológica e comportamental, como também as críticas à sociedade. A temática totalmente universal do filme, se não chamasse AMERICAN Beauty, poderia se dizer que era do Machado de Assis ou sei lá, José Saramago. Quando você é totalmente leigo em relação a parte erudita do cinema, e já viu um número considerável de filmes, começa a perceber que quando há um diálogo na maioria das vezes aparece o rosto da pessoa que está falando em foco e as costas da pessoa que está ouvindo desfocada. Percebe também que as chuvas na maioria das vezes aparecem em momentos "tensos" do filme. Bom, só uma chuva em filme não me pareceu forçada, a de Pride and Prejudice quando Darcy pede Elizabeth em casamento; e agora a minha favorita é a seqüência de cenas em que o lester morre e o destino final dos personagens é mostrado.

Minha cena preferida, a emoção que a expressão do rosto do Wes Bentley passa é indescritível.



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